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Rede oncológica de MS concentra 99% dos atendimentos em unidades especializadas do SUS

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A assistência oncológica integra o conjunto de ações mais complexas e estratégicas do SUS.

Foto: Bruno Rezende

Organizada pela SES, estrutura regionalizada concentra atendimentos nas UNACON e fortalece o acesso ao tratamento pelo SUS

A assistência oncológica integra o conjunto de ações mais complexas e estratégicas do SUS (Sistema Único de Saúde), por exigir serviços altamente especializados, organização em rede e articulação permanente entre os diferentes níveis de atenção. Em Mato Grosso do Sul, esse cuidado é estruturado e coordenado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) de forma regionalizada e integrada, com foco na ampliação do acesso, na continuidade do tratamento e na integralidade da atenção às pessoas com câncer, em consonância com as diretrizes da política nacional de saúde.

No estado, a assistência oncológica é garantida por uma rede estadual composta, majoritariamente, por unidades habilitadas como UNACON (Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), responsáveis pela realização dos principais procedimentos oncológicos no âmbito do SUS.

Dados oficiais dos sistemas SIA/SIH-SUS, referentes à produção ambulatorial e hospitalar em oncologia no ano de 2025, mostram que as UNACON concentram 99% de toda a produção oncológica registrada em Mato Grosso do Sul. Os demais hospitais respondem por apenas 1% do total, com atuação restrita à realização de algumas cirurgias oncológicas, o que evidencia o papel central das unidades especializadas na estrutura da rede estadual.

Entre as UNACON, o Hospital do Câncer de Campo Grande – Alfredo Abrão se destaca como a unidade com maior volume de atendimentos, com 17.325 procedimentos oncológicos realizados, o equivalente a 36% da produção estadual. Em seguida, aparece o Hospital Cassems – Unidade Dourados, responsável por 20% dos atendimentos. A Santa Casa de Campo Grande e o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul concentram, cada um, 16% da produção. Já o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, de Três Lagoas, responde por 7% dos atendimentos, enquanto a Santa Casa de Corumbá representa 3% da produção oncológica no estado.

Os dados apresentados são parciais e correspondem ao período até outubro de 2025. As informações contemplam procedimentos dos subgrupos de tratamento em oncologia e cirurgia em oncologia, com base nas APACs (Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade) aprovadas, instrumento oficial do Ministério da Saúde utilizado para o monitoramento da produção oncológica no SUS.

Para a gerente de Atenção à Oncologia da SES, Michele Martins, os números refletem a consolidação de um modelo de cuidado baseado na organização em rede e na atuação integrada dos serviços especializados. “Quando analisamos a produção oncológica no estado, fica evidente o papel estratégico das UNACON na garantia do acesso ao diagnóstico e ao tratamento, além da continuidade do cuidado ao longo de toda a linha de atenção. Esse trabalho articulado é fundamental para assegurar um atendimento mais resolutivo e humanizado à população”, destaca.

Os números evidenciam não apenas a relevância individual de cada unidade, mas, sobretudo, a importância da atuação articulada das UNACON na garantia do acesso aos serviços, na continuidade do cuidado e na integralidade da atenção oncológica à população sul-mato-grossense, reforçando o compromisso do Estado com o fortalecimento da rede e a transparência das informações em saúde.

Por: Kamilla Ratier, Comunicação SES

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