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Após ser fechado por superfaturamento, RU de Três Lagoas reabre depois de nove meses

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Após ser fechado por superfaturamento, RU de Três Lagoas reabre depois de nove meses.

Foto: Divulgação UFMS

O fechamento do restaurante na UFMS Campus Três Lagoas levou a comunidade estudantil a realizar manifestações e até enfrentar processos vindos da Universidade

Depois de sete meses fechado, o Restaurante Universitário do Campus Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) volta a receber os alunos nesta segunda-feira (8). 

A reabertura do restaurante se deu após cinco meses de manifestações dos estudantes do campus, que desde o início do ano letivo estavam sem local para se alimentarem após o local ter sido fechado pela Polícia Federal. 

Gabriel de Oliveira, estudante de Direito da Universidade, disse ao Correio do Estado que essa é uma conquista dos estudantes com apoio de órgãos públicos. 

“Estendo meus agradecimentos ao Coletivo Paratodos, ao Levante Popular da Juventude, ao Centro Acadêmico de História e a todos ou outros pelo compromisso e pela luta incansável. Também quero deixar meus agradecimentos à ADUFMS, na pessoa da professora Kaelly e, de forma muito especial, ao mandato da deputada federal Camila Jara, representado pela Amanda Rocha, que desde o início não mediram esforços assim que souberam da ação movida pela UFMS, articularam para que a Defensoria Pública da União assumisse nossa defesa, garantindo a derrubada do interdito proibitório, a ampliação das bolsas alimentação e, por fim, a tão aguardada reabertura do RU”, agradeceu. 

Para Gabriel, a vitória é uma prova de que os estudantes podem se unir e conquistar grandes coisas. 

“Essa vitória é nossa, de todos que contribuíram na linha de frente e nos bastidores. Uma vitória coletiva que reafirma: quando nos unimos, resistimos e conquistamos”, celebrou. 

O restaurante conta, também, com uma novidade. Agora, também será oferecido café da manhã. Os valores por refeição no site da UFMS são: 

Estudante de graduação vulnerável: R$ 3,00; Estudante de graduação não vulnerável: R$ 15,51; Pós-graduando vulnerável: R$ 10,00; Pós-graduando não vulnerável: R$ 15,51; Servidor/Colaborador Terceirizado/Comunidade Externa: R$ 15,51

O caso O Restaurante havia sido fechado pela Polícia Federal após investigações apontarem que a empresa responsável estaria recebendo dinheiro em cima de alunos “fantasmas”. O contrato foi revogado, mas nenhuma licitação havia sido aberta até o início das aulas. 

Além disso, os alunos não estavam autorizados a utilizar o espaço do RU para se alimentarem, tendo que recorrer a outras alternativas, como bancos externos e até mesmo, o chão no sol quente. 

No dia 24 de fevereiro, a administração da UFMS lançou um edital para selecionar o valor de auxílio emergencial aos estudantes que fazem uso do restaurante no valor de R$300, enquanto o mesmo estivesse fechado, com apenas 160 vagas disponíveis. 

Os alunos entraram na justiça alegando que o número não correspondia à realidade. Ao todo, foram inscritos 510 alunos no edital, mas vários não haviam conseguido realizar a inscrição. 

Por essa razão, os alunos promoveram uma manifestação no mês de abril em prol de mais vagas no edital e um valor maior de auxílio. 

No entanto, antes da manifestação, a diretoria da Universidade juntamente com a diretoria de Assistência Estudantil convocou uma reunião com os acadêmicos para discutir os problemas. Na discussão, a administração comunicou que seriam disponibilizadas salas para que os alunos fizessem suas refeições.

Logo após a reunião, um novo edital foi publicado, aumentando para 354 o número de aprovados a receberem o auxílio emergencial alimentar. 

Mesmo assim, a manifestação estudantil aconteceu, o que levou a UFMS a entrar com uma ação contra os estudantes, com intimação a nomes específicos e multa diária de R$5 mil para cada manifestantes que adentrar e ocupar as instalações do restaurante, sendo categorizado como crime de desobediência, com a possibilidade de causar dano ao patrimônio e invasão ao “local do crime”, que contém provas de infrações administrativas e criminais aguardando a conclusão da investigação policial. 

Um dos estudantes afirmou ao Correio do Estado que o documento era um “um ato claro de intimidação ao corpo estudantil que só está tentando condições mínimas e resolução de um problema que não foi culpa dos alunos”, além de certificar que nenhum aluno teria nenhuma intenção de invadir o RU e não houve nenhuma tentativa.

A Defensoria Pública foi acionada através da Deputada Camila Jara, que derrubou a decisão da Universidade e ainda entrou com ação para que a UFMS aumentasse o número de vagas do auxílio emergencial e aumentasse o valor para R$660 mensais, além de garantir o fornecimento de alimentação aos grupos de maior vulnerabilidade enquanto o restaurante estivesse fechado. 

Fonte: correiodoestado.com.br

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