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Divulgados os nomes dos 18 prefeitos que trocarão o PSDB pelo PL no Estado

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Divulgados os nomes dos 18 prefeitos que trocarão o PSDB pelo PL no Estado.

Foto: Divulgação

O ex-governador Reinaldo Azambuja já tinha adiantado que, além desses gestores, outros devem seguir o mesmo caminho

A mudança partidária do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL, após longa negociação, desde 2024, vai redistribuir o quadro de prefeitos de Mato Grosso do Sul. 

Um documento sigiloso vazado da Casa Civil, obtido com exclusividade, traça o mapa detalhado do poder partidário em Mato Grosso do Sul e revela a estratégia de bastidores que deve nortear o realinhamento de forças para as eleições de 2026.

A análise dos dados mostra um estado dominado por um triângulo formado por PL, PP e PSDB e indica uma movimentação em massa orquestrada pelo grupo do ex-governador Reinaldo Azambuja.  Para reforçar seu novo partido, a agremiação de extrema direita que serve de refúgio aos bolsonaristas, o PL, Azambuja convocou 18 dos prefeitos do PSDB para se filiar, somando 23 prefeitos filiados na sigla presidida por Valdemar Costa Neto.

Outros quatro prefeitos ele transferiu ao PP, novo partido do governador Eduardo Riedel, e o restante, 22 prefeitos, ele manteve no PSDB. Dos 79 prefeitos, 67 estão sob a bandeira de apenas três legendas: PL, PP e PSDB, que, juntos, governam um eleitorado de mais de 1,7 milhão de pessoas.

O PP, do alto de seus 22 prefeitos, ostenta o controle sobre quase um milhão de eleitores.  Contudo, na cidade com mais eleitores, Campo Grande, a prefeita não tem índices altos de aprovação e não deve transferir votos com tanta facilidade. 

A Capital, sozinha, representa 63% de todo o poderio eleitoral do partido, transformando o PP em um gigante com um estratégico, porém vulnerável, centro de gravidade.

TUCANOS

Do outro lado do tabuleiro está o PSDB. Também com 22 prefeituras, o partido representa o capital político do ex-governador Reinaldo Azambuja e governa um contingente de 461 mil eleitores. 

Diferentemente do PP, a força tucana é mais capilarizada, com forte presença em cidades-polo do interior e o comando de Dourados, o segundo maior colégio eleitoral do Estado. É este bloco coeso que detém a chave para a próxima eleição.

Correndo por fora, o PL de Azambuja, que se consolidou como o partido com o maior número de prefeituras: 23. 

PL

A legenda, alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, terá como plataforma as cidades menores, construindo uma base territorial que serve de plataforma para voos mais altos.

Serão filiados ao PL os prefeitos de Alcinopólis (Weliton Guimarães), Anastácio (Cido), Bonito (Josmail Rodrigues), Caracol (Neco Pagliosa), Fátima do Sul (Wagner da Garagem), Itaquiraí (Thalles Tomazelli), Ivinhema (Juliano Ferro), Jaraguari (Claudião), Jardim (Guga), Maracaju (Marcos Calderan), Mundo Novo (Rosária), Novo Horizonte do Sul (Guga), Paraíso das Águas (Ivan Xixi), Rio Negro (Henrique Ezoe), Rochedo (Arino), Sete Quedas (Erlon Daneluz), Tacuru (Rogério Torquetti) e Taquarussu (Clovis do Banco).

A análise do documento sugere que o principal movimento em gestação é a definição do destino do grupo tucano.

Fontes de bastidores indicam que a permanência no PSDB é mantida como forma de formar três chapas para as eleições do ano que vem de deputados estaduais e federais.

O ninho tucano ficará com os prefeitos de Água Clara, Angélica, Aquidauana, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Deodápolis, Dourados, Figueirão, Iguatemi, Japorã, Jateí, Ladário, Miranda, Nova Andradina, Paranaíba, Paranhos, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Terenos.

BLINDAGEM

Para o PP, o desafio é blindar a prefeita da Capital e dar força política ao seu novo filiado, Eduardo Riedel.  Quatro prefeitos tucanos foram migrados aos progressistas da senadora Tereza Cristina: o prefeito de Três Lagoas, Cassiano Maia; Antônio Pé, de Antônio João; Nelson Cintra, de Porto Murtinho; e Gilson Marcos da Cruz, de Juti.

A filiação dos novos prefeitos e de Azambuja seria no dia 12 de setembro, contudo, após escândalo feito pelo deputado estadual João Henrique Catan, que é considerado oposição ao ex-governador e ao atual, o evento foi adiado para o dia 21. 

Segundo Catan, o dia 12 será o dia do resultado do julgamento que deve condenar Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Fonte: correiodoestado.com.br

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