Notícia

Inflação que reajusta o salário mínimo fecha em 4,18%

Compartilhar:
Cover Image

Com o arredondamento previsto em lei, R$ 1.621. Reajuste total de R$ 103 (6,79%).

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasi

Valor em janeiro pode subir para R$ 1.621

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - indicador utilizado no cálculo do reajuste anual do salário mínimo - registrou 0,03% em novembro e acumula 4,18% em 12 meses.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O salário mínimo 2025 é de R$ 1.518. Para 2026, a regra de reajuste determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2025. Ou seja, os 4,18% anunciados hoje.

A segunda correção é o crescimento da economia de dois anos antes, no caso, 2024. No último dia 4, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 2024, confirmando a expansão em 3,4%.

No entanto, o arcabouço fiscal - mecanismo que controla a evolução dos gastos públicos - determina que o ganho acima da inflação seja limitado a um intervalo de 0,6% a 2,5%.

Por essa regra, o salário mínimo de 2026 pode ser de R$ 1.620,99. Com o arredondamento previsto em lei, R$ 1.621. Reajuste total de R$ 103 (6,79%).

Revisão

O resultado anunciado nesta quarta-feira fará o governo revisar cálculos para as contas públicas no ano que vem, pois o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, aprovado no Congresso, estima o salário mínimo em R$ 1.627, que representaria reajuste de 7,18%.

O valor do salário mínimo tem reflexos nas contas públicas, além do próprio efeito em si, pois serve como base para outros gastos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoa com deficiência em situação de vulnerabilidade.

INPC x IPCA

Assim como o salário mínimo leva em conta o acumulado até novembro, o seguro-desemprego, o teto do INSS e o benefício de quem recebe acima do salário mínimo são reajustados com base no resultado do INPC acumulado até dezembro.

O INPC tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como inflação oficial, que fechou novembro em 0,18% e acumula 4,46% em 12 meses.

A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos e o IPCA até 40 salários mínimos.

O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam quase 25% do índice, mais do que no IPCA, cerca de 21%, pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.

De acordo com o IBGE, a apuração do INPC “tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento”.

A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. A coleta também é feita em Brasília, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Fonte: Agência Brasil

Compartilhar:

Comentários

sem comentários

Faça login ou cadastro para poder comentar

MATÉRIAS RELACIONADAS

Cover Image

Governo de MS inicia Caravana da Castração com formação técnica e meta de castrar 20 mil cães e gatos

O foco principal é castrar, medicar e microchipar cães e gatos

Saiba mais
Cover Image

Entidades sociais alegam estar há seis meses sem receber da Prefeitura de Campo Grande

Deputado Pedrossian Neto convocou reunião pública para o dia 23 de junho, na Assembleia Legislativa, para discutir a situação

Saiba mais
Cover Image

Governo de MS cria comitê para recuperação de ativos do Estado e combate a crimes fiscais

CIRA-MS terá trabalho conjunto entre Governo do Estado, Poder Judiciário e MPMS

Saiba mais
Cover Image

Republicanos em MS será de Dagoberto ou Beto e sigla não brigará pelo Senado

Os dois deputados federais vão esperar a janela partidária de março a abril de 2026 para saírem do ninho tucano

Saiba mais
Cover Image

Câmara aprova projeto de lei que visa enfrentamento à violência doméstica

Executivo planeja ações, em parceria com o TJ/MS para conscientização e responsabilização de autores dos crimes

Saiba mais
Cover Image

Ordem do Dia: Deputados aprovam 15 matérias e debatem esporte solidário e endividamento de servidores

Projetos do Executivo, TCE/MS, Judiciário e de parlamentar avançaram na sessão desta terça-feira

Saiba mais