O Leilão de Energia Nova “A-5” de 2025, destinado à compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de fonte hidrelétrica, foi concluído na manhã desta sexta-feira (22), com a viabilização da construção de 65 usinas em 13 estados do Brasil, sendo duas delas em Mato Grosso do Sul.
O certame foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e resultou em 815,5 megawatts (MW) em contratos com hidrelétricas. As duas do Estado somam 25 MW.
Além dos de MS, os empreendimentos são 27 localizados em Santa Catarina; 11 no Paraná; 7 no Rio Grande do Sul; 6 no Mato Grosso; 4 em Goiás; 2 no Rio de Janeiro; e um nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rondônia, Espírito Santo e Pernambuco e os ois de MS.
No Estado, as unidades são uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) em Chapadão do Sul (Indaiá) e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Paraíso das Águas (Fundãozinho).
No Brasil, são ao todo 55 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), oito centrais geradoras hidrelétricas e duas usinas hidrelétricas.
Elas deverão ficar prontas e começar a arcar com a energia contratada até janeiro de 2030, com entrega por 20 anos.
Foi viabilizado ainda R$ 5,4 bilhões em investimentos para a construção das novas usinas, sendo 28,4 milhões em Mato Grosso do Sul.
Ao todo, os 65 grupos vencedores venderão energia para nove distribuidoras a um preço médio de R$ 392,84/MWh, com deságio de 3,16% em relação ao preço teto. Com isso, segundo a CCEE, os consumidores terão R$ 864,8 milhões de economia nas contas de luz.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou o leilão como de “extremo sucesso”.
“As Pequenas Centrais Hidrelétricas causam menor impacto ambiental e complementam as fontes intermitentes como a solar e a eólica. Além disso, as PCH’s estão espalhadas no território nacional, reduzindo a necessidade de investimentos em grandes corredores de transmissão”, destacou o ministro.
Silveira ressaltou ainda que a retomada das hidrelétricas impulsiona a indústria e a siderurgia nacional. Cada 1 GW contratado equivale a uma nova demanda de 120 toneladas de aço, por exemplo.
“Dominamos todas as etapas da cadeia de produção, desde a engenharia até a operação. É demanda de aço para empresas como Gerdau, Usiminas e Arcelor Mittal. Também serão 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto. Falamos de Votorantim Cimentos e Intercement, por exemplo. É alternativa para nossa indústria siderúrgica, que atravessa um delicado momento em virtude das nefastas tarifas impostas pelos norte-americanos. Me refiro à CSN, Açominas, Usiminas, Gerdau e Arcelor Mittal”, afirmou o ministro.
Por fim, o ministro ainda destacou que municípios que receberam hidrelétricas viram crescimento significativo do seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com impacto direto na renda e na qualidade de vida das famílias.
“Além disso, os reservatórios das usinas hidrelétricas oferecem múltiplos usos para além da geração de energia. Abastecem os municípios de água para irrigação na agricultura familiar no agronegócio e favorecem a criação de peixes. E, em alguns casos, ajudam a impulsionar a indústria do turismo, com emprego e oportunidades para nossa gente. Elas desenvolvem o interior do Brasil”, concluiu Silveira.
Fonte: correiodoestado.com.br
Comentários
sem comentários
Faça login ou cadastro para poder comentar