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Perillo terá reunião com governadores em Brasília para selar destino do PSDB

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O governador Eduardo Riedel, o presidente Marconi Perillo e o ex-governador Reinaldo Azambuja.

Foto: Divulgação

O presidente nacional da legenda participou de encontro na Capital com Riedel, Azambuja e deputados federais e estaduais

Durante encontro realizado ontem, em Campo Grande, com as lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, comunicou a realização, nos próximos dias, de uma reunião em Brasília (DF) com os governadores Eduardo Riedel, Eduardo Leite (RS) e Raquel Lira (PE) para selar o destino da legenda.

A informação foi repassada ao Correio do Estado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB e tesoureiro nacional do partido, explicando que os planos de Marconi Perillo é definir até o fim de abril qual será o caminho que a legenda tomará de olho em 2026.

“Foi uma reunião tranquila, e ele veio conversar com a gente sobre o futuro da sigla”, afirmou.

Na reunião, que também teve as participações dos deputados federais Beto Pereira e Dagoberto Nogueira e dos deputados estaduais Pedro Caravina, Paulo Corrêa, Jamilson Name, Zé Teixeira e Mara Caseiro, o presidente nacional do PSDB reforçou que a legenda pretende fazer uma fusão com um partido que tenha o objetivo de lançar um candidato a presidente da República no ano que vem.

“Ele deixou bem claro que o legado do PSDB não pode desaparecer, o que aconteceria em uma incorporação, e que as legendas com quem está negociando tenham, além do objetivo de disputar a presidência do Brasil, projetos para o desenvolvimento do País e abrace as bandeiras consideradas caras pelos tucanos”, declarou Azambuja.

Ainda no encontro, conforme informou o ex-governador, Perillo revelou que, nesse momento, o PSDB negocia com apenas duas legendas: o PSD, de Gilberto Kassab, e o Republicanos, do deputado federal Marcos Pereira (SP).

“O MDB estava nessa lista, mas não faz mais parte das negociações”, revelou.

Azambuja contou também que os deputados falaram para o presidente nacional do PSDB que, caso seja concretizada a fusão ou uma federação com uma dessas duas legendas – PSD ou Republicanos –, fique claro a construção conjunta de um projeto político de crescimento, mantendo as ideologias e o legado tucano.

“No fim do encontro, Marconi Perillo falou sobre a reunião com os três governadores do PSDB em Brasília para tratar dessa questão e que, até o fim de abril, o martelo será batido. Nós não precisamos fazer uma fusão, pois conseguiríamos cumprir as cláusulas de desempenho, porém, sem ela, ficaríamos muito fracos nacionalmente e sem poder de negociações políticas”, alertou o presidente estadual sobre a importância de o partido voltar a ter sua importância nas decisões nacionais.

PODER DE NEGOCIAÇÃO O certo é que o PSDB não pode demorar muito para tomar uma decisão sobre seu futuro político, pois, por enquanto, ainda tem poder de negociação, em virtude dos governadores de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Porém, caso espere muito, pode ficar sem a governadora Raquel Lira, de Pernambuco, que já estaria de malas prontas para migrar para o PSD e tem adiado a saída para aguardar o acerto das duas legendas.

Além disso, caso escolha não fazer uma fusão ou federação com nenhuma outra legenda, ficará enfraquecido, obrigando os demais governadores – Riedel e Leite – a também abandonarem o ninho tucano por uma questão de sobrevivência política.

Afinal, partido sem deputados federais fica sem Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o Fundo Partidário, e também sem Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral.

No caso do governador de Mato Grosso do Sul, que pretende buscar a reeleição no ano que vem, ficaria muito difícil fazer a campanha eleitoral sem Fundo Eleitoral, algo que o PSDB já sentiu na pele nas eleições municipais do ano passado, quando a aliança com o PL garantiu os recursos necessários para a campanha do então candidato a prefeito de Campo Grande Beto Pereira.

O mesmo acontece com o ex-governador Azambuja, que vai tentar uma das duas cadeiras ao Senado e também necessita de um partido forte para ter uma campanha eleitoral tranquila.

Diante desse quadro e com as eleições gerais se aproximando, a definição do futuro político do PSDB é primordial para que, tanto Riedel quanto Azambuja também possam definir quais caminhos trilhar.

Fonte: correiodoestado.com.br

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