Durante evento na manhã de hoje (03), da Roda de Negócios Brasil-Chile, o atual titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, revelou a previsão repassada à ele pela presidente da Petrobras, de que as obras da UFN3 devem ser retomadas no primeiro semestre do ano que vem.
Na manhã desta quarta-feira (03), o prédio da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) sediou a Rodada de Negócios Brasil–Chile, onde Verruck conversou separadamente com a equipe do Correio do Estado, dizendo que ontem (02) esteve em São Paulo na parte da manhã para o Fórum Internacional de Biogás.
"Nesse fórum participou a presidente da Petrobras, a Magda [Chambriard], e eu fiz uma reunião, não estava programada, mas como ela estava lá, e fiz uma pequena, rápida, para discutir com ela a UFN3", disse.
Segundo Verruck, a presidente da Petrobras deu boas notícias ao titular da Semadesc sobre a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), que está localizada em Três Lagoas.
"Primeiro, que isso está na prioridade da Petrobras, e era importante para nós ouvir. Dentro disso, eles soltaram o que chamam de BID... terminaram a avaliação e dividiram a UFN3 em sete blocos de construção, para ser rápido", comenta.
Ou seja, com isso, as empresas têm o prazo até o dia 30 de novembro para mandar as cotações por bloco para a Petrobras, que indicou para a Semadesc a intenção de iniciar efetivamente a obra ainda no primeiro semestre de 2026.
"Foi muito positivo vindo dela esse posicionamento sobre a UFN3. Nossa parte, aquela coisa dos acordos científicos, está tudo certo, a prefeitura já prorrogou... então nesse momento é continuar essa pressão sobre a Petrobras, mas o que fiquei bastante satisfeito foi com o nível de prioridade que ela me passou".
UFN3 Há tempos a Unidade conhecida como UFN3, a ser edificada em Três Lagoas, com a expectativa da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, de que o processo de licitação se estendesse até março do ano que vem.
Entretanto, essa novela se estende há mais de uma década, com paralisações e promessas frustradas que mantiveram o empreendimento como apenas um grande "esqueleto industrial".
Com isso, mesmo que as obras comecem no próximo ano, o funcionamento da fábrica, de fato, só deve acontecer após o prazo de dois anos, jogando o prazo de conclusão dessa planta (com obras iniciadas em 2011) para mais de 16 anos além do prometido.
Cronologicamente, quando a estrutura da indústria estava cerca de 80% concluída, as obras foram paralisadas após integrantes do consórcio serem envolvidos em denúncias de corrupção, no ano de 2014.
Cerca de quatro anos depois, em 2018, começou o processo de venda da unidade, que incluía a Araucária Nitrogenados (Ansa), fábrica localizada em Curitiba (PR).
Porém, a comercialização conjunta tornou a concretização do negócio inviável e, no ano seguinte, a Acron chegou a fechar acordo para comprar a UFN3, com tudo sendo impedido pelos reflexos da crise boliviana.
Já em 2020, especificamente em fevereiro, a Petrobras lançou nova oportunidade de venda, com as tratativas finalmente retomadas no início de 2022, ainda com o grupo russo.
Porém, em abril de 2022, no dia 28, a Petrobras anunciou não concluir a transação para o grupo Acron, lançando mais uma vez a fábrica à venda no mercado, com a estatal confirmando o fim do processo de comercialização da UFN3 em 24 de fevereiro de 2023, esperando o reinício das obras desde então.
Fonte: correiodoestado.com.br
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