O Departamento de Operações de Fronteira apreendeu milhares de pacotes de cigarros contrabandeados em Mundo Novo, durante patrulhamento em rodovia estadual.
Os policiais militares realizavam vigilância na MS-299, área rural do município, quando avistaram uma carreta suspeita. Ao perceber a presença dos agentes, o motorista do veículo realizou uma manobra brusca e entrou em uma estrada de chão, dando início a uma perseguição.
Mesmo assim, a carreta foi alcançada e o motorista abordado. Na vistoria, foram encontrados 25 mil pacotes de cigarros de origem estrangeira no semirreboque.
Já o rapaz de 33 anos explicou que pegou os cigarros no Paraguai e receberia R$ 1 mil para levar até Mundo Novo. Ao todo, o material apreendido é avaliado em R$ 1,4 milhão e foi encaminhado, juntamente com o autor, à Delegacia de Polícia Federal em Naviraí.
No mês passado, Mundo Novo também presenciou outra apreensão milionária de cigarros contrabandeados, novamente na MS-299. Na ocasião, foram encontrados 19,8 mil do produto ilegal em duas carretas, gerando cerca de R$ 1,1 milhão de prejuízo ao crime.
Cigarros, contrabando & MS Em Mato Grosso do Sul, a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai é muito mais comum que no restante do Brasil, por conta da fronteira com o país vizinho.
Esse cenário faz com que, de 10 maços vendidos no Estado, 7 sejam de marcas ilegais, o que resulta em uma perda bilionária aos cofres do governo do Estado, que não recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) desses produtos.
Estimativa feita pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostra que, nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros contrabandeados.
Só no ano passado, ainda de acordo com o FNCP, foram R$ 150 milhões perdidos em imposto que poderia ter sido cobrado.
Esse valor é alto porque o ICMS cobrado em Mato Grosso do Sul sobre o cigarro legal é de 30%. Essa política de impostos altos incidentes sobre esse tipo de produto é uma prática comum no País inteiro, como uma forma de desestimular que a população faça uso de um produto que comprovadamente faz mal à saúde.
Pelos dados do Ipec, no ano passado, 72% dos cigarros comercializados em todo o Estado tinham origem ilegal, porcentual que representa mais que o dobro do valor nacional, que foi de 32% em 2024.
Apesar de o valor ser alto, ele representa uma pequena queda em relação a 2023, quando esse mercado representava 74% das vendas de cigarro no Estado. E esse porcentual já chegou a ser de 85%, em 2019.
Matéria publicada em fevereiro deste ano pelo Correio do Estado mostrou que, de acordo com números da Polícia Federal, no ano passado, a corporação apreendeu R$ 87.771.190 em cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul. As apreensões ocorreram nas cidades de Mundo Novo (6), Ponta Porã (5), Campo Grande (4) e Corumbá (1).
O maior volume foi apreendido no município de Mundo Novo, cidade que faz fronteira com Salto del Guairá, no Paraguai, onde a quantidade de pacotes de cigarros ilegais apreendida foi avaliada em R$ 37.125.882,00.
Fonte: correiodoestado.com.br
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