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Após Alckmin abrir portas do PSB, Tebet diz que fica no MDB e permanece em MS

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento revelou que nada mudou sobre seu projeto político para as eleições 2026

Após o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmar na segunda-feira que seria uma honra receber a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), na legenda, e ainda acrescentar que ela tem “todas as credenciais” para sair candidata ao Senado pelo estado de São Paulo, o Correio do Estado a procurou e constatou que tudo continua na mesma.

Ou seja, a ministra vai continuar no MDB e permanecer em Mato Grosso do Sul para disputar uma vaga ao Senado no pleito do próximo ano.

“Não mudou nada. Sei que a porta do PSB está aberta, mas não falei sobre esse assunto com o vice-presidente. O prefeito de Recife (PE), João Campos, que é o presidente nacional do PSB, quer falar comigo nos próximos dias e a pauta deve ser esse assunto”, declarou.

No entanto, Simone Tebet reforçou ao Correio do Estado que antes de janeiro de 2026 é impossível tomar qualquer decisão relacionada com as eleições gerais do próximo ano.

“Em novembro, tem a COP30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima] e, em dezembro, preciso tratar do Orçamento da União. Então, só em janeiro vou ter tempo para falar sobre essas questões políticas”, afirmou.

Ela completou que em janeiro também terá em mãos pesquisas de intenções de votos para o Senado, tanto quantitativas quanto qualitativas, para poder tomar a melhor decisão. 

“Porém, neste momento, caso decida mesmo disputar as eleições em 2026, vou fazer isso pelo MDB, que é o partido pelo qual estou filiada, e por Mato Grosso do Sul, que é o estado onde nasci, vivo e tenho domicílio”, argumentou.

CANDIDATURA A VICE

Além de ser cotada para disputar uma cadeira no Senado por São Paulo, a ministra também é citada para ser a candidata a vice-presidente da República na chapa de reeleição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O próprio líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), defendeu, na semana passada, que, caso não seja possível a manutenção da chapa com o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin na eleição presidencial de 2026, o melhor nome seria o de Simone Tebet.

Ele ponderou que, caso Alckmin decida concorrer ao cargo de governador de São Paulo, uma boa opção para a vice seria a ministra do Planejamento e Orçamento.

“Minha opinião é manter a chapa vitoriosa, com Alckmin como vice. Temos que montar o time para enfrentar o adversário que vier”, disse.

Perguntado por um executivo se a ministra Simone Tebet poderia ser uma boa vice na chapa, no cenário em que Alckmin dispute a eleição por São Paulo, Jaques respondeu que seria bastante positivo.

“A chapa com Tebet abre diálogo com segmentos importantes. Lula está com a saúde muito boa aos 80 anos e diria que ele é um player extremamente importante”.

A esse respeito Simone Tebet ouviu de interlocutores do vice-presidente Alckmin que ele não abriria mão de continuar na chapa do presidente Lula para 2026, mas tudo é possível. 

“Se o próprio Jaques Wagner, que é amigo de 40 anos do presidente, cogitou o meu nome, deve ter conversado com Lula sobre isso, então, há muito a ser discutido até janeiro”, comentou.

GERALDO ALCKMIN

As declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin sobre a ministra do Planejamento e Orçamento foram dadas durante entrevista ao portal ICL, quando evitou responder de forma direta aos questionamentos sobre as eleições de 2026.

Quando perguntado sobre a possibilidade de que a ministra saia candidata a senadora com seu apoio, o vice-presidente afirmou ser “suspeito para falar”.

“Tenho enorme carinho e admiração pela Simone Tebet, nossa ministra. É uma decisão que ela precisa avaliar e certamente o fará no momento oportuno, mas tem todas as credenciais, espírito público e liderança para estas missões”, disse.

Simone Tebet foi uma espécie de “trunfo” da campanha do presidente Lula em 2022 e hoje é vista como uma candidata coringa no tabuleiro eleitoral de 2026. 

Governistas avaliam que ela seria um bom nome para fortalecer o palanque de Lula em São Paulo.

Se optasse por concorrer a vaga no Senado pelo estado vizinho, uma possibilidade é que ela deixasse o MDB, que apoia o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pode tentar a reeleição em 2026.

Na segunda-feira, Alckmin respondeu a questionamento sobre como a ministra seria recebida pelo PSB se escolhesse o partido como sua nova sigla. “O PSB ficará honrado, mas não deve criar constrangimentos. Vamos deixar que haja aí uma reflexão”, analisou.

De acordo com pesquisa AtlasIntel realizada em setembro, Simone Tebet tem 22,1% das intenções de voto para o Senado por São Paulo.

Ela é seguida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 19,7%, enquanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem logo atrás, com 14,8%, e o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), com 14,4%.

Também compõem o cenário o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), com 7,5%, o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), com 5,5%, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), com 5,4%, o ex-deputado Robson Tuma (Republicanos), com 0,6%, e o senador Giordano (MDB-SP), com 0,1%.

Já 5,7% dos entrevistados disseram que votariam em outro candidato, e 3%, em branco ou nulo, enquanto 1,9% não soube responder.

O levantamento ouviu 2.059 pessoas, entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro, em todo o estado de São Paulo, com margem de erro de dois pontos porcentuais e nível de confiança de 95%.

Fonte: correiodoestado.com.br

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