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Jovem morre após consumir bebida alcoólica em MS; polícia investiga intoxicação por metanol

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Bebida apreendida pela Vigilância Sanitária para fiscalização, em Campo Grande.

Foto: Mirian Machado/g1 MS

Vigilância apreendeu lotes de cachaça na conveniência onde produto foi comprado

Matheus Santana Falcão, de 21 anos, morreu de parada cardiorrespiratória nesta quinta-feira (2). Polícia investiga se ele foi intoxicado e se bebida tinha metanol. Vigilância apreendeu lotes de cachaça na conveniência onde produto foi comprado.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investiga a morte do jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que morreu nesta quinta-feira (2), em Campo Grande, após ingerir cachaça e whisky. As autoridades investigam se havia adulteração na bebida alcoólica.

Conforme o boletim de ocorrência, ele deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, por volta das 18h20, com náuseas, vômito e dores no estômago. Após receber os primeiros atendimentos, Matheus teve convulsão e parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Um familiar relatou à polícia que a cachaça foi comprada em uma conveniência no Jardim Nashville na quarta-feira (1º). Não há informações sobre a origem da compra do whisky.

Segundo a polícia, o jovem tinha histórico de alcoolismo e consumia bebida desde os 12 anos, sobretudo, para conseguir dormir.

A garrafa da cachaça foi encaminhada pela UPA à Vigilância Sanitária, conforme consta no boletim de ocorrência. A Polícia Civil recolheu frascos de bebidas na casa do jovem que serão analisados durante a investigação.

O corpo de Matheus foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL). A Polícia Civil investiga se o jovem foi intoxicado pelas bebidas alcoólicas, inclusive, por possível presença de metanol nos produtos.

Em nota, o governo de Mato Grosso do Sul disse que a situação é acompanhada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e que ainda não há confirmação sobre a presença do metanol nas bebidas. Leia a íntegra mais abaixo.

O g1 apurou que fiscais da Vigilância Sanitária estiveram na conveniência onde a cachaça foi comprada e apreenderam três lotes da bebida para análise.

O proprietário do estabelecimento, Sidnei Aparecido Pinto da Silva, disse à reportagem que comprou as bebidas há cerca de 15 dias e que os produtos estão regularizados e possuem nota fiscal.

Primeiros sintomas

Ao g1 a mãe de Matheus, Maria José Duarte Santana, contou que o filho estava em casa na quinta-feira e consumiu bebida alcoólica.

“Ele passou o dia todo dormindo e acordou reclamando de dor no peito e falta de ar. Aí ele começou a vomitar sangue e eu chamei a ambulância. O atendimento na UPA demorou e, depois, ele piorou e não conseguiram reanimar”, relata Maria José. O g1 procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) sobre o atendimento a Matheus, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A mãe disse que o filho não costumava sair de casa e que tinha o hábito de consumir bebida alcoólica.

O que diz o governo de MS

O governo de Mato Grosso do Sul disse que o corpo de Matheus passa por exames necroscópicos e o resultado dos exames devem sair em 30 dias. Veja a íntegra da nota enviada ao g1:

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), informa que acompanha a apuração da morte de um jovem de 21 anos, ocorrida na noite desta quinta-feira (2), em Campo Grande, após a ingestão de bebida alcoólica. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.

O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, onde passou por exame necroscópico. Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial aprofundada, que deverá indicar a real causa da morte. O prazo estimado para conclusão dos exames complementares é de aproximadamente 30 dias.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON), conduz as investigações, que envolvem os seguintes registros preliminares:

Formas qualificadas de crime de perigo comum (Art. 258 do Código Penal); Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios (Art. 272 do Código Penal); Morte decorrente de fato atípico. A Secretaria de Estado de Saúde também foi formalmente notificada sobre a suspeita de intoxicação por metanol, e atua em conjunto com os órgãos de segurança e vigilância sanitária na apuração do caso. Até o momento, não há confirmação da presença de metanol. A análise pericial segue em andamento.

O Governo do Estado lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para o esclarecimento completo dos fatos.

Fonte: g1.globo.com

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