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Nos EUA, Tereza e Nelsinho defendem negociação para a redução do tarifaço

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A senadora Tereza Cristina (PP) e o senador Nelsinho Trad (PSD) em evento nos EUA.

Foto: Montagem

Os dois senadores sul-mato-grossenses participam do Lide Brazil Investment Forum, que está sendo realizado em Nova York

Durante a abertura do Lide Brazil Investment Forum, realizado ontem em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), os senadores sul-mato-grossenses Tereza Cristina (PP) e Nelsinho Trad (PSD) defenderam a negociação para tentar reduzir o tarifaço sobre o Brasil determinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Diante de um público formado por mais de 300 empresários e investidores, além de autoridades dos Três Poderes da União e governadores, o senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, quer um papel mais ativo do Legislativo na política externa brasileira.

“No ano passado, os dados oficiais brasileiros apontaram para uma corrente de comércio superior a US$ 81 bilhões, o que torna os EUA nosso principal parceiro, atrás apenas da China e da União Europeia em seu conjunto”, afirmou o senador.

Para ele, com todas essas movimentações de conflito global tarifário que estão ocorrendo, novas frentes de oportunidade se abrem no horizonte. “A Comissão de Relações Exteriores pode ser usada não apenas para sabatinas diplomáticas, mas como espaço de formulação de estratégias”, pontuou.

Trad disse que é preciso usar a Comissão de Relações Exteriores do Senado para abrir frentes de horizontes e oportunidades para o Brasil. “Nós estamos, assim, procedendo, tanto que, no próximo dia 29, faremos em Brasília [DF] uma audiência pública para debater o impacto das barreiras comerciais impostas pelos EUA ao Brasil”, afirmou.

Ele informou que foram convidados o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) Roberto Azevêdo, o ex-presidente do Banco do Brics professor Marcos Troyjo, o embaixador e cônsul-geral do Brasil em Nova York, Adalnio Ganem, e o presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, embaixador Rubens Barbosa.

Já a senadora Tereza Cristina destacou, em seu discurso, as relatorias de matérias importantes sob sua responsabilidade no Senado: o licenciamento ambiental, hoje em processo de votação nas Comissões de Meio Ambiente (CMA) e Agricultura (CRA), e a lei da reciprocidade econômica, já sancionada.

“Temos de destravar alguns assuntos e fazer com que o nosso país cresça, fazer com que tenhamos regulamentação, regulação de normas para que nós possamos fazer a nossa economia crescer, gerar emprego e renda”, afirmou a parlamentar.

Ela frisou que é preciso falar das dificuldades que alguns temas têm no Brasil. “Estamos votando a lei de licenciamento ambiental, que trará facilidades sem fragilizar o meio ambiente. Devemos votar dia 21 no plenário do Senado Federal”, informou.

A senadora abordou também a conjuntura atual, após o tarifaço determinado pelo presidente Donald Trump. “Nós temos uma grande oportunidade, estamos vivendo um momento ímpar. Claro que há dificuldades, é um momento de mudanças do entendimento do que vem pela frente, mas eu tenho certeza de que o Brasil, se tiver juízo, se tiver vontade de participar, terá grandes oportunidades no mercado internacional”, avaliou.

Eu também acabei de relatar a lei que traz a reciprocidade econômica. É uma lei que coloca o Brasil em uma posição de sentar à mesa com uma carta na manga”, explicou. “A lei cria mecanismos [que podem ser utilizados] se precisarmos, se o Brasil tiver problemas com retaliações indevidas”, acrescentou.

Tereza Cristina frisou, entretanto, que a legislação incentiva o caminho da negociação. “É negociar até o último momento, mas o Brasil tem hoje uma ferramenta para negociar de igual para igual com outros países”, concluiu.

“Essa era a mensagem que eu queria deixar. O Congresso e o Senado estão atentos a tudo aquilo que precisa ser votado. E nós precisamos pensar no nosso país. Nós precisamos ter uma agenda para o Brasil, não uma agenda própria, agenda individual”, defendeu.

Fonte: correiodoestado.com.br

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