A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (Podemos) se reuniu com o líder nacional do PSDB Aécio Neves, e recebeu o sinal de que o partido tucano está “de portas abertas” caso ela decida deixar o atual partido.
O encontro ocorreu em meio aos burburinhos sobre seu interesse em disputar a cadeira da governadoria estadual em 2026, ocupada por Eduardo Riedel. Com exclusividade ao Correio do Estado, a senadora confirmou o encontro com o líder tucano, contudo, descartou um eventual embate com o governador em uma disputa pelo executivo estadual.
“Nesta semana eu estive sim em uma conversa reservada com o Aécio sobre o futuro da política aqui no estado. Não sei, até agora, de onde saiu essa afirmação específica (sobre interesse ao Governo de MS). Estou com o governador Eduardo Riedel, que tem feito um excelente trabalho”, declarou a senadora, que disse que o encontro “versou” apenas no sentido do partido lhe abrir as portas.
Nos bastidores, a leitura é de que o partido tucano busque nomes com peso eleitoral para 2026. Neste sentido, o protagonismo recente de Soraya em matérias chaves como a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets pode contribuir para a mudança de sigla.
Vai e vem
Último governador do PSDB no Brasil, Eduardo Riedel, estava de “malas prontas” para deixar o partido, contudo, os trâmites para a incorporação entre PSDB e Podemos melou. Na ocasião, o próprio deputado federal Aécio Neves disse que seria um grande “equívoco”, caso Riedel optasse por deixar o ninho tucano. Apesar disso, o parlamentar federal mineiro destacou que a decisão é muito pessoal.
“Eu acho um equívoco [a saída de Riedel], como achei um equívoco o que os governadores Eduardo Leite [RS] e Raquel Lyra [PE] fizeram, ao trocar o PSDB pelo PSD. Eles não saíram para um projeto”, lamentou. “Se você tem seus sonhos, você tem que ter uma coisa não palpável, que te move, que sabe que te movimenta”, afirmou.
No início de junho, o ex-governador mineiro ressaltou que Riedel “é um quadro altamente extraordinário, sendo um governador moderno e, com os resultados econômicos apresentados por Mato Grosso do Sul na sua gestão, talvez seja um dos melhores do Brasil”.
Sem polêmica
Sem falar sobre possível mudança de partido, em agenda nesta sexta-feira (11), Riedel, ao contrário da grande maioria dos políticos e dos brasileiros como um todo, afirmou não estar surpreso com o tarifaço ou com a carta que o presidente dos Estados Unidos enviou ao Brasil. "Desde que o presidente Trump assumiu ele enviou para vários países e falou que iria enviar depois”, declarou.
Com esse discurso, o governador tenta se desvincular do debate político e ideológico que tomou conta do tema depois que o próprio presidente dos Estados Unidos usou a suposta perseguição das autoridades brasileiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das razões para aplicar o tarifaço às exportações brasileiras a partir de primeiro de agosto.
Fonte: correiodoestado.com.br
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