A Ucrânia lançou um ataque massivo de drones contra Moscou na madrugada desta terça-feira (11), o maior contra a capital russa nos mais de três anos da guerra, segundo o prefeito moscovita.
O bombardeio deixou três mortos e 17 feridos, provocou incêndios e chegou a suspender temporariamente as atividades em quatro aeroportos da cidade, segundo autoridades locais.
O ataque ocorreu horas antes de um encontro entre representantes da Ucrânia e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita para retomar as negociações em busca de um cessar-fogo na guerra, iniciada em 2022 após invasão russa. Os EUA negociam também o fim do conflito diretamente com a Rússia.
O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, denunciou o ataque ucraniano em publicação no aplicativo de mensagens Telegram: "Hoje, às 4 da manhã, começou um ataque massivo de drones a Moscou e região". Ainda segundo Vorobyov, o bombardeio danificou vários prédios residenciais e diversos veículos.
O ministério da Defesa da Rússia informou que unidades de defesa aérea destruíram 343 drones ucranianos durante a noite, sendo 91 deles sobre a região de Moscou e o restante em outras nove regiões do país.
O prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, afirmou em seu canal do Telegram que o ataque ucraniano de drones desta terça-feira foi o maior registrado contra a cidade na guerra. Sobyanin disse ainda que 73 drones foram destruídos ao se aproximarem da cidade em várias ondas de ataques. Moscou e região tem população de pelo menos 21 milhões de pessoas, sendo uma das maiores áreas metropolitanas da Europa, ao lado de Istambul, na Turquia.
Ainda não se sabe o número total de drones disparados pela Ucrânia contra a Rússia. Horas após o ataque, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que foram realizados "ataques a uma série de alvos estratégicos da Federação Russa envolvidos no apoio à agressão armada contra a Ucrânia".
A pasta ucraniana também afirmou ter atingido instalações de refinaria de petróleo em Moscou e de um oleoduto na região de Orlov, a cerca de 730 km a noroeste da capital russa.
O Kremlin, sede do governo russo, acusou a Ucrânia de ter prédios residenciais como alvo do ataque, algo que é proibido em uma guerra. Durante o conflito, a Rússia fez diversos ataques contra regiões residenciais em cidades ucranianas.
O prefeito de Moscou afirmou ainda que equipes de emergência trabalham nos locais atingidos pelos drones. Veículos de comunicação russos divulgaram em redes sociais imagens de prédios residenciais atingidos pela queda de drones, com janelas quebradas e buracos em telhados.
Segundo o Ministério de Defesa russo, 126 dos drones ucranianos lançados contra o país durante a noite foi abatida sobre Kursk, região na fronteira com a Ucrânia que é controlada em parte por forças ucranianas.
Outras regiões afetadas pelo ataque incluem Belgorod, Bryansk e Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, além de áreas mais distantes dentro da Rússia, como Kaluga, Lipetsk, Nizhny Novgorod, Oryol e Ryazan, segundo o comunicado da Defesa russa.
Fonte: g1.globo.com
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