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Uso de tecnologia deve reduzir para horas a detecção de fogo no Pantanal

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Ontem, o titular substituto do MMA esteve presente no evento.

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Ferramenta que usa inteligência artificial já é utilizada hoje pelo Instituto do Homem Pantaneiro na região da Serra do Amolar e deve ser expandida para outras localidades do bioma pelo governo de MS Leia mais em: https://correiodoestado.com.br/cidades/u

Entre as medidas apresentadas ontem e que fazem parte do Pacto Pantanal, o investimento no monitoramento de mudanças climáticas e na prevenção aos incêndios deve consumir R$ 426,3 milhões dos R$ 1,4 bilhão de ações no bioma. Dentro dessa fatia do projeto, a implantação de tecnologia para acelerar a detecção do fogo é uma das mais importantes.

Neste ano, segundo projeção apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA) ao governo do Estado, há a previsão de que o Pantanal esteja ainda mais propenso para incêndios florestais, em comparação a 2024, quando o bioma enfrentou um dos piores anos de fogo de que se há registro.

Nessa esteira, uma das medidas apresentadas ontem durante lançamento do Pacto Pantanal foi justamente voltada para o meio ambiente. 

Conforme o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a ideia é de que o governo coloque em um raio de 50 km estações meteorológicas no bioma.

“O Pantanal já tem uma estação meteorológica. Então, toda previsão é feita muito no macro. Mas nós vamos colocar em 50 km de raio estações meteorológicas, para que a gente possa também, a partir daí, fazer um monitoramento. Nós vamos colocar, além das torres, todo um sistema de monitoramento climático  e um sistema de tecnologia de concentração dessas informações”, explicou Verruck.

Além do monitoramento das chuvas, essas estações também devem contar com tecnologia semelhante à usada atualmente pelo Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), que tem na Serra do Amolar cinco câmeras que fazem parte do monitoramento Pantera, o qual é mantido pelo IHP em parceria com a startup Um Grau e Meio.

Essa tecnologia utiliza inteligência artificial (IA) para identificar sinais de fumaça e faz o reconhecimento do registro em questão de minutos.

“O governo [visa] ampliar [o monitoramento] de maneira que ele possa entender o bioma nos aspectos meteorológicos, mas principalmente nos aspectos de alertas, porque o tempo de resposta precisa urgentemente ser reduzido a horas, e não dias”, afirmou o presidente do IHP, coronel Angelo Rabelo.

As cinco câmeras do IHP conseguem monitorar incêndios em uma área de até 1 milhão de hectares que fica ao norte de Corumbá, em locais remotos e sem acesso por estradas. O sistema funciona 24 horas, sete dias por semana.

“Hoje, não há como proteger o Pantanal sem tecnologia, pois as escalas impõe restrições humanas que não podem ser desafiadas, pela dimensão e pelas áreas inóspitas que o Pantanal apresenta. Acho que a grande vitória, além do estímulo ao produtor, que é um grande estímulo, com certeza, [é ver a] tecnologia chegando cada vez mais, para que a proteção seja efetiva”, complementou Rabelo.

De acordo com o governo do Estado, dentro do eixo meio ambiente, que compreende a criação das estações  e do monitoramento por meio de IA, o investimento será de R$ 426,3 milhões ao longo de cinco anos.

Porém, conforme fontes ouvidas pelo Correio Estado, o projeto custaria cerca de R$ 3,5 milhões e teria sistemas para cobrir o Pantanal do Paiaguás, da Nhecolândia, do Abobral e de Aquidauana.

Ao todo, seriam 10 antenas. O governo do Estado, contudo, não informou quando esse sistema deverá estar em funcionamento.

Fonte: correiodoestado.com.br

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