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Novo recorde nas vendas da agricultura familiar é projetado após movimentação de R$ 5,1 milhões em MS

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Os resultados expressivos de 2025 são reflexo de um trabalho que já vinha ganhando força em 2024.

Foto: Ricardo Campos Jr.

A agricultora orgânica Marlene Azambuja, do Polo Agroecológico Oeste, é um exemplo de como os programas públicos vêm transformando a realidade de quem vive da terra

Dados parciais de 2025 mostram que os agricultores familiares de Mato Grosso do Sul já comercializaram mais de R$ 5,1 milhões por meio de políticas públicas de compras institucionais, apenas no primeiro semestre.

O levantamento da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) aponta que os projetos elaborados e protocolados para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) somam 251 propostas e indicam uma tendência de crescimento contínuo em relação aos anos anteriores.

Os resultados expressivos de 2025 são reflexo de um trabalho que já vinha ganhando força em 2024. Naquele ano, cinco municípios concentraram metade do valor total dos projetos elaborados para compras públicas no estado.

Sidrolândia liderou com mais de R$ 2,2 milhões em propostas, seguida por Naviraí (R$ 1,13 milhão), Itaporã (R$ 685,8 mil), Coronel Sapucaia (R$ 626,7 mil) e Anastácio (R$ 548,5 mil). O desempenho dessas cidades evidencia a força da agricultura familiar e o papel estratégico das equipes locais da Agraer no apoio técnico, documental e organizacional.

Além do crescimento nos números gerais, os reflexos positivos dessas políticas são percebidos diretamente nas propriedades assistidas. A agricultora orgânica Marlene Azambuja, do Polo Agroecológico Oeste, é um exemplo de como os programas públicos vêm transformando a realidade de quem vive da terra.

“Estamos investindo em tecnologia, com a construção de um sombrite para otimizar a produção e a irrigação. Acreditamos que isso nos permitirá atender melhor as demandas do mercado e ampliar nosso alcance”, afirma.

“Com a ampliação dos programas governamentais e o fortalecimento da organização dos produtores, conseguimos aumentar significativamente o acesso dos agricultores familiares a esses mercados. E, além disso, o trabalho dos técnicos da Agraer no sentido de orientar, acompanhar, ajudá-los a se organizarem para apresentar as propostas e dar um suporte contínuo, tanto na parte produtiva quanto na parte de elaboração dos projetos, escala da produção etc., tem sido decisivo”, destaca a gerente de Desenvolvimento Agrário e Abastecimento da Agraer, Izabel Cristina Pereira.

“Participo também dos projetos do PAA e do PNAE. O apoio do Agraer foi fundamental para minha entrada. Em 2023, regularizamos a documentação e emitimos a CAF (antiga DAP), o que me permitiu elaborar e aprovar o projeto do PAA. A aprovação foi comunicada pessoalmente pelo presidente da Agraer durante a Semana do Orgânico na UFMS”, relata Marlene.

Em termos de evolução, os números consolidados mostram que o total movimentado pelos dois programas saltou de R$ 5,47 milhões em 2022 para R$ 7,38 milhões em 2023 — uma alta de 34,87%. Já em 2024, esse valor chegou a R$ 11,07 milhões, representando um crescimento de 50% em relação ao ano anterior e mais do que o dobro do registrado dois anos antes.

Foram 30 projetos do PAA e 221 do PNAE elaborados ou protocolados apenas nos primeiros seis meses de 2025. O maior volume de recursos está concentrado nos projetos do PAA protocolados (R$ 1.470.215,17) e do PNAE municipal contratados (R$ 1.442.975,97), demonstrando o impacto direto na renda dos produtores familiares em todas as regiões do estado.

“Agraer auxilia os agricultores para que eles possam acessar os editais de compras públicas. Isso é feito divulgando, auxiliando e orientando na organização da documentação, na elaboração dos projetos e das propostas, articulando com as associações e cooperativas, e fazendo o acompanhamento técnico e produtivo necessário, para que eles tenham produtos de qualidade, que possam ser vendidos nos programas PNAE e PAA”, explica Izabel Cristina.

Já no caso de Marlene, o apoio da Agraer foi também fundamental para sua entrada no PNAE, onde atua de forma individual. “Fiz projetos de venda como produtora sem participação em associações. Fui aprovada por duas escolas e forneço alfaces, couve, rúcula, cheiro-verde, salsa, cebolinha e coentro. Em outubro, completamos três anos de certificação orgânica pelo IBD, um marco importante na nossa caminhada”, afirma.

“Com a abertura recente de edital do PAA estadual voltado para compras das comunidades indígenas, a tendência é que esses números aumentem ainda mais. Então, a perspectiva é de crescimento”, finaliza Izabel, reforçando que as políticas públicas não apenas fortalecem a agricultura familiar, mas também ampliam oportunidades, garantem segurança alimentar e promovem desenvolvimento sustentável.

Por: Ricardo Campos Jr, Comunicação Agraer

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