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Apoiadores de Bolsonaro fazem atos no 7 de Setembro para pedir anistia a condenados por atos golpistas

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Vista aérea mostra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro carregando uma enorme bandeira dos EUA em ato na Avenida Paulista, em SP, no 7 de Setembro.

Foto: Nelson Almeida/AFP

Em SP, Tarcísio discursou e atacou Moraes. No Rio, senador Flávio Bolsonaro defendeu candidatura do pai em 2026. STF retoma julgamento de Bolsonaro na terça (9)

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram neste domingo (7), feriado da Independência, em diversas cidades para pedir anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e por crimes contra a democracia.

Sob o mote "reaja, Brasil: o medo acabou", as manifestações foram marcadas por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes.

Em São Paulo, os apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista. Uma bandeira gigante dos Estados Unidos foi aberta na altura do Masp. Cartazes em inglês pediram que o presidente americano, Donald Trump, tome novas medidas para pressionar o STF. Faixas e cartazes defenderam o impeachment de Moraes.

Bolsonaro está em prisão domiciliar e não pode participar de eventos públicos, nem por vídeo, porque descumpriu medidas restritivas. Na terça-feira (9), o STF vai retomar o julgamento em que ele pode ser condenado por golpe de Estado e mais quatro crimes. As penas podem somar até 43 anos de prisão.

Apoiadores de Bolsonaro fazem atos no 7 de Setembro para pedir anistia a condenados por atos golpistas Em SP, Tarcísio discursou e atacou Moraes. No Rio, senador Flávio Bolsonaro defendeu candidatura do pai em 2026. STF retoma julgamento de Bolsonaro na terça (9). Por Redação g1

Vista aérea mostra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro carregando uma enorme bandeira dos EUA em ato na Avenida Paulista, em SP, no 7 de Setembro. — Foto: Nelson Almeida/AFP Vista aérea mostra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro carregando uma enorme bandeira dos EUA em ato na Avenida Paulista, em SP, no 7 de Setembro. — Foto: Nelson Almeida/AFP

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram neste domingo (7), feriado da Independência, em diversas cidades para pedir anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e por crimes contra a democracia.

Sob o mote "reaja, Brasil: o medo acabou", as manifestações foram marcadas por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes.

Em São Paulo, os apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista. Uma bandeira gigante dos Estados Unidos foi aberta na altura do Masp. Cartazes em inglês pediram que o presidente americano, Donald Trump, tome novas medidas para pressionar o STF. Faixas e cartazes defenderam o impeachment de Moraes.

Bolsonaro está em prisão domiciliar e não pode participar de eventos públicos, nem por vídeo, porque descumpriu medidas restritivas. Na terça-feira (9), o STF vai retomar o julgamento em que ele pode ser condenado por golpe de Estado e mais quatro crimes. As penas podem somar até 43 anos de prisão.

Apoiadores de Bolsonaro fazem atos no 7 de Setembro para pedir anistia a condenados por atos golpistas Apoiadores de Bolsonaro fazem atos no 7 de Setembro para pedir anistia a condenados por atos golpistas

O protesto da Paulista reuniu 42,2 mil pessoas, segundo estimativas do Monitor Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Commom.

Com a margem de erro de 12%, o cálculo aponta um público entre 37,1 mil e 47,3 mil no momento de pico. Em 2024, o ato do 7 de Setembro na Paulista reuniu 45,4 mil pessoas, segundo o monitor. A contagem foi feita a partir de fotos aéreas analisadas com inteligência artificial.

No Rio, o ato foi na orla de Copacabana e, de acordo com o levantamento do Cebrap, cerca de 42,7 mil pessoas estiveram presentes. Com margem de erro de 12%, o público ficou entre 37,6 mil e 47,8 mil no momento de pico. No ato de 7 de Setembro de 2024 no Rio, foram 32,7 mil pessoas.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), discursou na Paulista, atacou o STF e o que chamou de "tirania" de Moraes. Também cobrou do Congresso a aprovação da anistia e defendeu a candidatura de Bolsonaro em 2026: "Deixa o Bolsonaro ir para a urna, qual o problema? Ele é o nosso candidato".

Bolsonaro está inelegível até 2030 porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, e Tarcísio é cotado para disputar a Presidência da República.

Durante a fala do governador, manifestantes começaram a gritar "fora, Moraes". E Tarcísio respondeu:

"Por que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país." Tarcísio também puxou gritos de "anistia já" para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar o tema em votação.

Em lágrimas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou sobre a prisão domiciliar do marido e disse que há uma "perseguição política" contra ele e sua família.

"Hoje, ele não pode falar. Ele gostaria muito de estar aqui ou até entrar em videochamada, porque as nossas liberdades estão cerceadas. A liberdade de locomoção foi cerceada", disse. "Estou tendo que me desdobrar como mãe, esposa e amiga para que ele fique bem, cuide da alimentação."

As manifestações foram convocadas pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e alvo de um inquérito por coação. Segundo a Polícia Federal, Malafaia atuou para tentar interferir no julgamento de Bolsonaro.

Também estiveram no carro de som da Paulista o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

No Rio de Janeiro, os manifestantes levaram cartazes e bandeiras em favor da anistia e de Trump. Houve também palavras de ordem contra o STF e Alexandre de Moraes.

Aliados do ex-presidente discursaram no carro de som, entre eles o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho mais velho, o governador Cláudio Castro e o deputado Alexandre Ramagem (PL), que também é réu no STF por golpe de Estado.

Manifestações em outras capitais De acordo com estimativas do monitor do Cebrap, os protestos reuniram cerca de 1,6 mil pessoas em Florianópolis, 1,4 mil em Goiânia e 1,6 mil em Belém.

Em resposta aos atos da direita, movimentos e partidos de esquerda também realizaram protestos neste domingo. O principal foi no Centro de São Paulo e reuniu 8,8 mil pessoas, segundo o mesmo levantamento.

Em Belo Horizonte, o ato dos bolsonaristas foi na Praça da Liberdade e contou com a participação do deputado federal Nikolas Ferreira.

Em São Luís, no Maranhão, os manifestantes pró-Bolsonaro fizeram uma motociata e uma carreata. Com bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos, pediram anistia para o ex-presidente e para envolvidos nos atos golpistas.

Em Brasília, as mensagens pediam anistia e novas medidas dos Estados Unidos como forma de pressionar o STF.

Em Uberlândia (MG), manifestantes exibiram cartazes com críticas ao presidente Lula e ao ministro Moraes. Em Juiz de Fora (MG), na antiga Praça do Riachuelo, o grupo também pediu anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

En Maceió, os manifestantes seguravam cartazes pedindo "Anistia Já", "Fora Moraes" e "Fora Lula". Depois da concentração no Corredor Vera Arruda, o grupo seguiu um trio elétrico pela orla de Jatiúca em direção à Ponta Verde.

Em Goiânia, o “Reaja, Goiânia” se concentrou na Praça do Sol e foi organizado por parlamentares do PL. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes foram às ruas com placas e pedidos de “fora Lula" e "anistia já".

Julgamento no STF e discussão de anistia no Congresso Na última terça-feira (2), o STF começou a julgar Bolsonaro e mais sete réus pela tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. O julgamento deve ser concluído até a próxima sexta (12).

Em paralelo, ganhou força na Câmara a discussão sobre a possibilidade de votar uma anistia para condenados por crimes contra a democracia.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sob pressão dos aliados de Bolsonaro, mas ainda não colocou em votação qualquer projeto com essa finalidade.

O PL, partido de Bolsonaro, é o principal interessado, e o Centrão também endossa a medida. A aliança formada por União Brasil e PP, que tem maior bancada na Câmara, anunciou o desembarque do governo Lula recentemente para aderir à campanha da anistia.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é do Republicanos, esteve em Brasília para tentar convencer Motta a colocar o tema em votação.

Não se sabe ainda qual texto seria votado. Um dos pontos em discussão é o alcance da possível anistia: se ela valeria apenas para quem já foi condenado pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 ou se alcançaria também o ex-presidente e seus aliados que estão sendo julgados no STF.

Aliados mais próximos de Bolsonaro querem uma anistia geral. O Senado discute uma proposta alternativa que exclui o ex-presidente e reduz penas de golpistas condenados.

O governo é contra votar qualquer proposta de anistia, e o presidente Lula pediu mobilização social para barrá-la.

Fonte: g1.globo.com

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