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Riedel se diz contrário à politização do tema da segurança pública

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Riedel esteve na UEMS para a cerimônia de construção de quatro restaurantes universitários.

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Afirmação ocorre um dia após ele se reunir com governadores, no Rio de Janeiro, para discutir a pauta

Durante cerimônia de vistoria na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o governador Eduardo Riedel (PP) entendeu que não é o momento de politizar o tema da segurança pública, que, conforme destacou, virou palanque para 2026 - tanto pela direita quanto a esquerda.

A declaração do governador, feita no final da manhã desta sexta-feira (31), ocorre um dia após Riedel se reunir, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual na capital fluminense, com o governador Cláudio Castro (PL-RJ) e outros governadores estaduais de direita.

O governador afirmou que, a curto prazo, o mais importante é que exista integração entre as inteligências de segurança dos estados, em parceria com o Governo Federal.

“Eu não tenho problema nenhum com a PEC, e aí a gente não pode politizar essa discussão. Ela virou palanque para 2026, de um lado e de outro, e, na verdade, a gente tem um problema de segurança pública seríssimo no país”, disse Riedel.

Após a reunião com o governador do Rio de Janeiro, Riedel pontuou que a questão das facções não deve ser tratada como um problema distante, e frisou que o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) são uma realidade no Estado.

“E [o Estado] é rota de ilícitos, como drogas e armas, então a conexão é direta. No Presídio Federal há membros de facções, e estão vindo mais. Então, não adianta a gente ficar preso nessa discussão tão somente legislativa e não avançar naquilo que a lei já permite, mas que muitas vezes não é feito. Precisamos aumentar a integração, ampliar a inteligência e apertar o cerco.”

Para ele, não existe como tratar de segurança sem abordar a questão das políticas públicas, como oferecer educação e oportunidade de emprego, dentro de um conjunto de ações que transformam a sociedade.

Levando como exemplo a forma de operar do crime organizado no Rio de Janeiro, que dominou áreas (comunidades) onde o estado não entra, enquanto em São Paulo o problema está chegando a níveis mais altos, como o da Faria Lima, em esquemas de lavagem de dinheiro que vêm sendo desarticulados em operações distintas, o ponto-base, segundo Riedel, é não perder o foco.

“Eu não entro nesse debate político. Acho que a gente tem que sentar à mesa, o governo federal e os estados, e poder fazer um plano de integração que está avançando. A PEC tem muitos elementos que ajudam nisso. Abaixo da PEC, há oito leis infraconstitucionais que são fundamentais para essa ação conjunta de estados e União, e que estão tramitando no Congresso Nacional.”

Fonte: correiodoestado.com.br

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