Na manhã desta quinta-feira (24), policiais do Departamento de Operações de Fronteira - (DOF), prenderam o terceiro integrante do grupo que matou o professor indígena Anderson Gomes Lopes Machado, de 24 anos, com golpes de foice na madrugada do último domingo (20), próximo a Aldeia Pirakuá, em Bela Vista, distante aproximadamente 324 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com as informações, o homem estava escondido em meio a uma área de mata desde domingo, quando iniciaram as diligências. Após receberem informações sobre o crime por meio de lideranças da aldeia e do Ministério dos Povos Indígenas, policiais do DOF começaram as buscas pelos autores. O segundo envolvido no crime já havia sido preso pelo DOF na quarta-feira (23).
Após intensificação das buscas em uma região extensa, com mata fechada e de difícil acesso o terceiro autor foi localizado já no município de Antônio João. Ele estava com a foice utilizada para matar o professor além da chave da moto da vítima e as chuteiras que ele calçava.
Conforme a polícia, durante os quatro dias que permaneceu foragido, o criminosso ainda ameaçou outros moradores da aldeia, que estavam assustados com a crueldade do crime e com a presença dele na região, já que teriam registros de violência e ameaças praticados pelo suspeito.
O autor foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Bela Vista.
Cabe ressaltar que, a ação envolvendo os policiais do DOF aconteceu dentro do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - (Sejusp), com o Ministério da Justiça e Segurança Pública - (MJSP).
O CRIME
Na madrugada do último domingo (20), o professor Anderson Gomes Lopes Machado, de 24 anos, foi brutalmente assassinado com golpes de facão e foice por três jovens em Bela Vista. O caso é investigado como latrocínio porque de acordo com o delegado Renato Fazza, responsável pelo caso, os suspeitos tentaram roubar a motocicleta que o professor utilizava.
Segundo a polícia, Anderson dava aulas na aldeia indígena PiraKuá e seguia por uma estrada próxima ao local quando o veículo apresentou problemas mecânicos e ele decidiu empurrar, momento em que foi surpreendido pelos agressores. “Os autores estavam embriagados e procuravam dinheiro para comprar mais bebida alcoólica. A princípio, essa seria a principal motivação. Eles abordaram o professor e pediram dinheiro, depois tentaram levar a motocicleta”, explicou o delegado.
Após o crime, os jovens tentaram fugir com a moto, mas não conseguiram dar partida devido ao problema mecânico e abandonaram o veículo próximo so local onde o corpo foi encontrado.
Fonte: correiodoestado.com.br
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