O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues, exonerou Edilberto Cruz Gonçalves, o "Beto Caveira", do cargo de secretário de Administração e Finanças, e Luciane Cintia Pazzete, do cargo em comissão de diretora do Departamento de Licitação.
Ambos foram presos durante a operação Águas Turvas, que investigava fraudes em licitações públicas na cidade turística. As exonerações foram formalizadas e serão publicadas no Diário Oficial dos Municípios na próxima segunda-feira (13).
Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Bonito também informou que suspendeu temporariamente os contratos investigados por irregularidades em processos licitatórios.
Investigação
A investigação, comandada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio de investigação do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), em apoio à 1ª Promotoria de Justiça de Bonito, aponta que as fraudes estariam acontecendo desde 2021.
A “Operação Águas Turvas” atuou com base em decisão judicial proferida no bojo de procedimento que apura os crimes de organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, dentre outros delitos correlatos.
A investigação constatou a existência de uma organização criminosa que atua fraudando, sistematicamente, licitações de obras e serviços de engenharia no Município de Bonito, desde 2021.
De acordo com o MPMS, "o papel dos agentes públicos, em conluio com os empresários, consistia em fornecer informações privilegiadas e organizar a fraude procedimental, com vistas ao sucesso do grupo criminoso, em contrapartida ao constante recebimento de vantagens indevidas. O valor dos contratos apurados até o momento atinge o valor de R$ 4.397.966,86".
Presos
Na terça-feira (7), Edilberto Cruz Gonçalves, até então secretário municipal de Administração e Finanças de Bonito, teve a prisão preventiva decretada, suspeito de liderar o esquema de corrupção e fraudes em licitações no município.
Também foram presos o arquiteto e urbanista Carlos Henrique Sanches Corrêa, 45 anos, proprietário da empresa Sanches e Corrêa que atua como fiscal de finanças, e Luciene Cíntia Pazette, responsável pelo setor de licitações e contratos.
As investigações revelam como a chefe do setor de licitações teria atuado para "moldar" editais e direcionar contratos para o empresário Genilton da Silva Moreira. As conversas entre os dois, obtidas pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), mostram o empresário interferindo diretamente na elaboração de um relatório técnico que definiria as regras de uma licitação que ele mesmo viria a vencer.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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