Com parte do esquema desmantelado no fim da tarde de segunda-feira (30 de junho), a organização criminosa que teve seu entreposto fechado ontem e cerca de 400 quilos de cloridrato de cocaína apreendido, tentava levar as substâncias para a Europa escondidas entre portas de madeira.
O esquema foi confirmado e repassado à imprensa pelo titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico, Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, durante coletiva no fim da manhã de hoje (1°) na sede da Denar.
Mais cedo o Correio do Estado apontou para apreensão feita pelos agentes da Polícia Civil, indicando a condução de quatro envolvidos no crime, porém, o delegado esclareceu que apenas dois foram presos ligados ao esquema criminoso, ambos de fora de Mato Grosso do Sul, com os demais sendo liberados em seguida.
Com um indivíduo sendo de São Paulo e outro de Maringá, essas prisões acontecem após trabalho de inteligência e investigação da Delegacia, desmantelando um braço de uma quadrilha especializada no tráfico de drogas internacional.
Segundo o delegado, a estrutura do esquema criminoso demonstra refinado vínculo estratégico e coordenação com compradores em diferentes estados e, possivelmente, na Europa, o que evidencia uma operação sofisticada.
"Escama" em porta de madeira A droga foi localizada armazenada em um entreposto, ponto esse que serviria apenas para o recebimento das substâncias, com uma escala na distribuição sendo possivelmente uma Unidade da Federação no centro-sul do Brasil, para só depois ir até a Europa.
Hoffman detalha uma das etapas do esquema criminoso, indicando que mesmo nos esquemas mais refinados, a popular prática do "mocó" sempre busca novos caminhos para servir de ferramenta aos traficantes.
"São vários traficantes, se uniram, cada um com uma divisão de tarefas, eles adquiriram a carga lícita, que se tratava de portas madeiras e acondicionam a cocaína no interior dessas portas para subtrair-se da fiscalização", diz o delegado.
Sobre o tipo de substância, Hoffman cita que esse tipo de cocaína é conhecida como "escama de peixe", característica por ser mais cara no mercado e uma "droga tipo exportação".
Basicamente, o cloridrato trata-se de uma forma mais purificada e cristalizada da cocaína, característica pelo grau de pureza mais elevado, frequentemente associado a um efeito mais intenso e previsível no usuário.
Sendo aparentemente um pó branco ou cristalino, a diferença do cloridrato para a cocaína comum está no nível de pureza, já que essa segunda pode frequentemente ser encontrada em apreensões misturadas com outros componentes.
Esses suspeitos presos na ação de ontem (30) devem responder por associação ao tráfico e tráfico de drogas, sendo que a pena somente para este segundo crime pode chegar até 15 anos de prisão.
Fonte: correiodoestado.com.br
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