A grande aliança em torno da reeleição do governador Eduardo Riedel (atualmente no PSDB) deu um passo adiante no planejamento neste fim de semana, durante eventos realizados nas cidades de Bela Vista e Ponta Porã.
O Correio do Estado apurou que as conversas foram intensas e que, se as eleições fossem neste ano, e não no ano que vem, o “chapão” viria da seguinte forma: Eduardo Riedel na cabeça de chapa, concorrendo à reeleição, possivelmente no Partido Progressista (PP), mas também com espaço no União Brasil; Reinaldo Azambuja como o principal candidato ao Senado, pelo PL; Nelsinho Trad (PSD), senador que conseguiria, enfim, seu lugar no grupo para disputar a reeleição.
Até aí, nada muito diferente do que se espera, a não ser pela vaga de vice de Eduardo Riedel. O atual vice-governador, o ex-deputado estadual Barbosinha (PSD), não está garantido na chapa.
A ideia do grupo é de que o vice de Riedel venha da federação que deve ser criada entre PSDB, MDB e Republicanos. Se Barbosinha for para um destes partidos, ele continua no páreo para ocupar novamente a vice-governadoria na chapa, mas há concorrentes.
O Correio do Estado apurou que o deputado estadual Marcelo Câmara (MDB) é um dos nomes cotados para ser candidato a vice na chapa encabeçada por Eduardo Riedel. Ainda há indefinição neste posto, o consenso é que, assim como na eleição passada, o candidato a vice terá de vir da região da Grande Dourados. Senado
A composição também tira o espaço que o atual presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), está almejando, como um dos candidatos ao Senado. Com Eduardo Riedel no PP, sobraria pouco espaço para ele ocupar outra candidatura majoritária na chapa.
Barbosinha, contudo, não se dá por vencido. Ainda tenta viabilizar a sua candidatura. O consenso no grupo cujos caciques são Reinaldo Azambuja, Tereza Cristina e Eduardo Riedel é de que cada um dos grandes partidos terá um candidato em uma majoritária. Com Riedel no PP, Tereza se daria por satisfeita, abrindo espaço para Nelsinho Trad.
O arranjo hoje é a possibilidade mais concreta, porém, há forças externas que podem atuar para mudá-lo. Hoje, são duas.
A primeira delas faz com que os integrantes do grupo pressionem Nelsinho Trad a convencer seu irmão, o ex-deputado federal Fábio Trad a não enfrentar Eduardo Riedel nas eleições.
Fábio Trad, como noticiou o Correio do Estado neste fim de semana, deve confirmar a sua filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) no mês de agosto. Nelsinho sabe que com o irmão enfrentando Riedel, coloca-o em uma saia justa.
Por outro lado, pode ser que exista uma pressão do MDB nacional para viabilizar uma candidatura da ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao Senado.
O diretório estadual quer alinha-se à direita, mas Simone tem bastante interlocução com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, o que pode jogar o MDB para o outro lado do espectro político.
A outra possibilidade é de Simone ir para o PT e candidatar-se em um “chapão” com Fábio Trad ao governo.
SAIBA O Correio do Estado apurou que a separação da família Trad pode atrapalhar a formação de alianças em 2026: enquanto Fábio Trad é cogitado para enfrentar Eduardo Riedel em uma chapa do PT, seu irmão Nelsinho busca espaço na chapa de Riedel para se manter no Senado.
Fonte: correiodoestado.com.br
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